Quarup, o ritual indígena do Xingu aos mortos descrito em detalhes nas páginas do jornal 4h2w6v

FSP - https://www1.folha.uol.com.br/ - 25/05/2025
Quarup, o ritual indígena do Xingu aos mortos descrito em detalhes nas páginas do jornal
Cerimônia sócio-religiosa lembra a morte dos netos espirituais de Mavutsinim, o primeiro indígena a surgir na terra

25/05/2025

Em setembro de 1973, o repórter Inajar de Souza e o fotógrafo Rolando de Freitas acompanharam uma cerimônia indígena do Quarup no Parque Indígena do Xingu. Os os do ritual em que toras de madeira são o elemento central foram mostrados e contados em duas páginas da edição de 12 de setembro daquele ano no Jornal da Tarde. Veja as páginas e leia a íntegra da transcrição da reportagem com a ortografia original da época.

"E Mavutsinim plantou as toras. E esperou que elas se transformassem em gentes."

(De uma velha lenda do Xingu sobre Mavutsinim, o primeiro índio)

QUARUP

Os índios cortam as toras de macunhã, convidam as tribos amigas. As mulheres preparam mingau, beiju e cauim. Está quase tudo pronto: a tribo dos Kamaiurá vai realizar o quarup. De Inajar de Souza, texto, e Rolando de Freitas, fotos, enviados especiais.

Era uma vez Mavutsinim, o gênio de todos os índios. Para os índios do Xingu, Mavutsinim foi o primeiro índio a surgir na terra. E até hoje é considerado avô espiritual dos índios xinguanos de linhagem.

Um dia, cansado de viver só, Mavutsinim transformou uma concha em mulher e casou com ela. O casal teve um filho, que Mavutsinim levou para a mata.

Na semana ada, Mavutsinim foi lembrado pela tribo dos Kamaiurá, localizada no Parque Nacional do Xingu, em Mato Grosso. Essa tribo realizou o quarup, cerimônia sócio-religiosa que lembra a morte de índios de linhagem, netos espirituais de Mavutsinim. O quarup também é considerado como "a lenda da criação".

A mulher, triste por ter ficado sem o filho, voltou a ser concha.

Com pequenas diferenças, o quarup é feito por diversas tribos do Xingu. Os Kamaiurá, considerados os mais cultos da região, começaram os preparativos da cerimônia no mês ado, quando iniciaram o treinamento dos cânticos.

Mavutsinim ficou triste por sua mulher ter voltado a ser concha. E resolveu criar gentes.

Uma semana antes do quarup, os Kamaiura começaram a procurar quatro toras de macunhã (pau de leite), sendo três escuras e uma clara. As escuras são para os homens que morreram, a clara para as mulheres.

No mato, Mavutsinim cortou 12 toras de macunhã. Seis claras e seis escuras.

As toras cortadas pelos Kamaiurá tem cérca de metro e meio de altura e são bem grossas. Elas foram escolhidas pela cacique Tacumã e cortadas a machado por índios de linhagem dos Kamaiurá. Os cortes nos extremos das toras são prefeitos, parece que foram feitos com serras elétricas. Essas toras ficaram escondidas na mata até o dia da cerimônia, na sexta-feira da semana ada.

Mavutsinim carregou as 12 toras nas costas. E plantou todas, lado a lado, na praia do Morená.

A praia do Morená fica onde os rios Kuluene, Ronuro e Batovi formam o Xingu, rio grosso e caudaloso, de águas barrentas. Para a cerimônia do quarup, depois que, as toras foram cortadas, o cacique Tacumã mandou que os pariát (mensageiros) fossem convidar as tribos amigas que moram abaixo da praia do Morená.

Depois de Mavutsinim ter plantado as toras, ele esperou que elas se transformassem em gentes.

Os pariát foram primeiro à tribo dos Kuikuru, a mais distante de todas, que fica a cerca de 50 quilômetros da aldeia dos Kamaiurá; essa tribo não aceitou o convite: tinha feito um quarup dias antes. Sempre de pé, os páriat foram às aldeias dos Meináco, Kalapalo, Waurá e Iaulapiti, todas aceitaram os convites. Em todas essas tribos, a cerimônia foi a mesma: os pariát chegaram perto da aldeia e gritaram, sendo recebidos pelo capitão ou cacique. Os pariát explicaram a missão, os caciques mandaram que eles aguardassem. Em todas as aldeias, houve reunião dos caciques com os chefes de palhoças.

Depois das reuniões, os caciques retornaram aos pariát e explicaram que estavam fracos, não tinham bons lutadores mas, por consideração aos Mortas, iriam ao quarup. Somente depois desse cerimonial é que os caciques ofereciam mingau e beiju aos pariát.

Como as toras não se transformassem em gentes, Mavutsinim pintou todas com urucum e jenipapo. Depois, enfeitou com colares, fios de algodão e penachos de panas de arara. Nas toras escuras, dos homens, Mavutsnim desenhou uma sucuri. Nas das mulheres, as claras, elo fez o peixe pintado.

Com o retorno dos pariát, os kamara (índios comuns, sem linhagem) do Kamaiurá foram à pesca e as mulheres começaram a preparar beiju, mingau, caiuim e pudim de pequi para alimentar os visitantes. Pelos cálculos de Orlando Villas Boas, diretor do Parque Nacional do Xingu, os Kamaiurá pescaram cerca de 500 quilos de peixe e ralaram quase 400 quilos de mandioca. Segunda Orlando, é quase tradição do quarup a disenteria dos índios no fim da cerimônia, o peixe quase sempre se estraga com o calor, mas os índios o comem assim mesmo.

Mavutsinim pintou caras do gente nas toras. E fez fogo na frente de cada um deles.

Ele não queria ficar sozinho. Queria que os troncos se transformassem em gente.

O Parque Nacional do Xingu tem cerca de 30 mil quilômetros quadrados e fica no norte de Mato Grosso. As onze aldeias indígenas estão espalhadas nessa área e são supervisionadas pelo posto Leonardo Villas Boas, onde fica a direção do Parque Nacional do Xingu. As tribos vindas do Norte aram a noite de quarta-feira hospedadas no posto; as que vieram do Sul ficaram nas imediações da aldeia dos Kamaiurá, distante de São Paulo cerca de 1.600 quilômetros. Nenhuma tribo entra em aldeia estranha sem consentimento do cacique.

O fogo que Mavutsinim acendeu ao pé de cada tora não criou as gentes. E Mavutsinim chorou.

Na madrugada de quinta-feira ada, as tribos que estavam hospedadas no posto Leonardo iniciaram sua caminhada em direção à aldeia dos Kamaiurá, distante 12 quilômetros. Nas imediações da aldeia, os caciques acenderam fogueiras para anunciar a chegada de suas tribos e furaste recebidos pelos pariát. Na aldeia Kamaiurá, desde a madrugada, foram feitos preparativos para a cerimônia.

Quando clareou o dia, Mavutsinim viu que as toras se mexiam, queriam sair da terra. E chamou os cantadores - o caruru e a cotia - para saudar a chegada dos quarup. O sol tinha dado vida às toras. Estavam criadas as seis grandes famílias tupis do Xingu.

Quarup em português, quer dizer "expor ao sol, quarar'. Na manhã de quinta-feira ada primeiro dia da cerimônia, os Kamaiurá saíram de suas palhoças feitas de sapé e cantaram. Depois, sempre cantando, foram em direção à mata onde os quaruf estavam escondidos. E cada grupo de seis índios carregou uma tora às custos, como na lenda de Mavutsinim. As toras foram fincadas inicialmente numa das entradas da aldeia, do lado da lagoa. Essa parte de cerimônia não é assistida pelas mulheres, que ficam em casa.

Os Kamaiurá começaram a pintura, usando urucum (tinta vermelha) e Jenipapo (tinta azul marinho escuro). A cerimônia de pintura é feita pelos lutadores da tribo, considerados Kamara (que não descendem dos quarup). Foi maracá.êp (cantadores) acompanham a cerimônia, cantando músicas fúnebres e tocando chocalho. Os outros índios dão ritmo à canção, batendo os pés no chão.

Depois de pintados, os quarup são transportados para o centro da ocarip (aldeia), defronte à tapãim (casa das flautas), onde são novamente fincados no chão. Agora as mulheres já podem ver a cerimônia.

Tuvulé é o quarup mais importante, foi um dos chefes dos Kamaiura, índio de linhagem, ele descende dos quarup de Mavutsinim; os outros três, de menor importância, estão sendo homenageados por sua causa. Tôdos são enfeitados por suas famílias, que choram ao redor elos troncos. É quase meio-dia na aldeia dos Kamaiurá.

"O fogo que Mavutsinim acendeu ao pé de cada tora não criou as gentes. E Mavutsinim chorou."

(De uma velha lenda do Xingu sobre Mavutsinim, o primeiro índio)

QUARUP
Os índios visitantes formam uma grande roda no centro da aldeia. Dança e cantam saudando os quaruf, numa coreografia perfeita. De vez em quando, soltam gritos fortes. E, batendo os pés no chão, marcam o ritmo do canto.

Mavutsinim chorou e cantou durante todo o dia e toda a noite.

Na parte da tarde do primeiro dia, entre o choro dos familiares e o canto dos maracá-êp, alguns índios soltam um pouco as faixas de algodão que envolvem os quatro quarup. Os índios acham que, soltando essas faixas, eles soltam um pouco o espírito dos mortos ali presentes.

Para agradecer a comida que lhes é servida pelos pariát, dois tocadores de uruá (flautas compridas, com três metros de comprimento) entram na aldeia e visitam todas as palhoças. Eles são recebidos à porta da aldeia pelo morerequat (cacique) Tacumã.

Na segunda volta de agradecimento, os tocadores de uruá são acompanhados por duas meninas. Tanto os tocadores como as moças acompanham o som do uruá batendo com um dos pés no chão. As moças, além das batidas que fazem o ritmo, balançam os braços direitos, batendo no ventre. O braço esquerdo fica apoiado nas costas do tocador e, em nenhum momento, elas podem olhar para eles.

Durante todo o dia e toda a noite, Mavutsinim não parou para comer.

Com a chegada da noite, na aldeia dos Kamaiurá, são servidos peixe e beiju aos participantes da cerimônia, menos aos índios de linhagem. No Xingu existe muita caça e, no começo da noite, o ruído dos bichos que procuram abrigo é muito grande. De vez em quando, os índios param os cânticos e soltam gritos, semelhantes aos da arara.

A aldeia está em silêncio, só são vistas as fogueiras aos pés dos quatro quarup e só são ouvidos o choro dos familiares e o canto das mara-cá-êp. Por volta de 10 horas da noite, quando o iaê (lua) começa a subir, os lutadores e crianças pegam os paus das fogueiras e correm ao redor da aldeia. Para os índios, o fogo serve para espantar os espíritos que assistem ao quarup de dentro das palhoças. Essa cerimónia é considerada perigosa e os brancos são convidados a ficar longe.

Antes de o dia clarear, os índios visitantes tocam o uruá, da porta das palhoças para o centro da aldeia: eles trazem os espíritos para junto dos quarup. Durante toda a noite, e até um pouco antes de clarear o dia, os índios cantam e choram. Em determinado momento, quando já está quase claro, o silêncio é total. Só são ouvidos os gritos dos pássaros e os macacos que começam a despertar.

Os fogos se apagam com a chegada do sol. Os cantadores param para que os quarup possam se transformar em gente. Mavutsinirn manda que todas as casas se fechem. Só ele pode ficar de fora com os quarup. Só ele pode ver os quarup se mexerem da cintura para cima. Quando os quarup quase são gentes, Mavutsinim manda que todos venham saudá-lo.

Logo que os cantadores pararam, todos foram para dentro de suas casas e fecharam as portas. Quando o dia clareou, aos gritos, eles saíram e foram em direção aos quarup, onde cantaram e dançaram. As tribos visitantes foram convidadas a entrar na aldeia pelos pariát, que fizeram a apresentação dos chefes das tribos aos mestres de cerimônia do quarup.

Os caciques de cada tribo na frente, depois os homens mais importantes e, em seguida, as mulheres carregando os presentes e segurando as crianças pelas mãos. O mestre de cerimônia indica o lugar onde cada tribo tem que se acomodar e, em seguida, chama todos para dançar e cantar. Agora, o ambiente é de muita alegria.

Mavutsinim recomendou que não saíssem de suas casas aqueles que tinham estado com mulheres durante a noite. Todos os outros podiam brincar e cantar o nascimento dos quarup.

Segundo o cacique Tacumã, ninguém de sua tribo ou das tribos visitantes pode ficar com mulheres durante o quarup. Na sexta-feira pela manhã, quando todos os índios dançavam e cantavam, outros índios confirmaram a informação de Tacumã. E quase toda a aldeia Kamaiurá tinha ficado sem dormir de quinta para sexta-feira.

Um homem, que tinha estado com uma mulher, ficou dentro da casa. Muito curioso, ele quis ver os quarup e saiu. Nesse mesmo instante, os quarup pararam de se mexer e voltaram a ser toras. Mavutsinim ficou bravo e decidiu que os mortos não voltariam a viver quando se fizesse quarup. Só haveria festa.

Os índios visitantes formam uma grande roda no centro da aldeia e, numa coreografia perfeita, dançam e cantam saudando os quarup uma vez ou outra, eles gritam como araras e todo o canto é acompanhado com fortes batidas de pé. Quando essa saudação chega ao fim, todos os índios vão para seus cantos e começam a se pintar com urucum e jenipapo. Além de pintarem rostos, braços, pernas, costas e peitos, eles am óleo de pequi em todo o corpo. Os índios são muito vaidosos.

E Mavutsinim mandou fazer festas. As onças vieram das matas, os peixes saíram dos rios. Todos lutaram entre si. Era uma homenagem aos quarup.

Gritando, todos os lutadores saem de seus cantos e vão para o centro da aldeia. Vão lutar o Huka-Huka, luta muito semelhante ao judô e ao sumô. O primeiro a chegar ao centro da aldeia é o campeão dos Kamaiurá, que deve lutar com os campeões dos Meinaco, Kalapalo, Waura e Iaulapiti. Depois dele, chegam o vice-campeão, o terceiro colocado, o quarto e o quinto dos Kamaiurá.

Eles se deitam no chão, saudando os visitantes. Em seguida, ficam de joelhos e, um a um, começando pelo último (quinto colocado) vão se retirando. No centro da aldeia, fica apenas o campeão Kamaiurá, que irá enfrentar o campeão Waurá. A honra da primeira luta foi dada aos Waurá por causa de seu cacique, Malakuiawa, o xinguano que descende mais de perto dos quarup.

Os quarup estão felizes vendo as onças e peixes lutarem.

Os índios de linhagem sentam em frente aos quarup e, por causa de sua nobreza (eles descendem dos quarup), não participam das lutas, só assistem. Os chefes visitantes ficam sentados ao lado dos nobres e, na cerimônia da última sexta-feira, Cláudio e Orlando Villas Boas foram colocados em frente ao quarup de Tuvulê, o morto mais nobre dos que lá estão simbolizados.

A primeira luta começa e, como todas, não demora mais do que meio minuto. No começo, os dois lutadores rodam várias vezes no centro da aldeia, quase com as mãos no chão. Batendo os pés e imitando o ronco da onça, os dois se aproximam e, com violência, se agarram, os dois rostos colados, os lutadores tentam se manter em pé. O que primeiro consegue bater na perna do adversário é o vencedor.

Até a terceira luta só ficam no centro da aldeia os dois lutadores. Depois, as lutas se tornam coletivas. Todos lutam entre si, inclusive os campeões com os menos fortes. A cerimônia, que começou pouco antes de oito da manhã, só termina ao meio-dia, com o cacique Aritana, dos Iualapiti, sendo apontado como campeão desse quarup.

Depois das Huka-Huka, os índios visitantes homenageiam a família dos mortos, entregando-lhes presentes. As mulheres que estavam presas na tribo dos Kamaiurá são soltas e, na presença de todos, tem seus cabelos cortados. Os quarup já não têm nenhum significado mas, antes que eles sejam retirados do solo, nenhum índio dorme ou fala seu nome. Não dorme para não sonhar com eles, o que é um mau agouro; não fala seus nomes para não despertá-los nos quarup, o que lhes causaria sofrimento: todos estão amarrados com jiquiá (cipó) e fios de algodão.

Mavutsinim mandou que os quarup fossem retirados do solo e oferecidos às crianças e índios sem nobreza. Os quarup teriam que ser atirados na lagoa.

Depois dessa última parte da cerimônia, na tarde de sexta-feira, os tocadores de uruá visitam todas as palhoças para espantar os espíritos que assistiram ao quarup. Desse momento em diante, os quatro mortos deixam de ser lembraos, já não significam mais nada para seus familiares e nem para a aldeia.

Para os índios, depois do quarup seus mortos são libertados e já não ficam mais em companhia do Jacui (espírito), indo diretamente para o Ivat (última morada), onde está o seu novo arco e a nova aldeia. Os índios, ficam de luto durante um ano (tempo máximo para se fazer um quarup. O luto só se encerra quando o quarup é jogado dentro da lagoa.

Depois da morte do esposo (ou esposa) são obrigatórios o corte do cabelo e o choro durante todos os dias, ao por do sol. Depois de uns dez meses, o esposo (ou esposa) é lavado pelo parente mais velho e perde parte de seu luto. Com o quarup é perdido todo o luto, havendo até mesmo a possibilidade de um novo casamento.

Na opinião dos Villas Boas, que contaram a lenda de Mavutsinim e a criação os quarup (existem várias versões dessa lenda), essa cerimónia é a mais importante dos índios xinguanos. Orlando Villas Boas considera a cerimônia de alto interesse social e religioso pois, além de lembrar o criador dos índios, ela reúne várias tribos ao mesmo tempo.

Para tornar es crianças mais fortes Mavutsinim mandou que elas rolassem os quarup até a lagoa. Também os índios sem nobreza poderiam empurrar.

Os lutadores arrancam os quarup do solo e o empurram até a lagoa. São quase cinco horas da última sexta-feira, os quarup já não representam mais nada. Com os pés, as toras são jogadas na água; os índios aproveitam para tomar banho e brincar. Alguns, depois do banho, entram em suas canoas e partem. Só haverá quarup no próximo ano, se morrer algum índio de linhagem.

Mavutsinim mandou que os quarup fossem jogados na água, não se sabe onde. Só se sabe que hoje eles estão no Morená.

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